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Acervo GNTM/RJ - 22 de fevereiro de 2022

Nota de falecimento de Nilce Azevedo Cardoso

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Nilce, presente!

O dia amanheceu muito triste. Perdemos a querida companheira Nilce Azevedo Cardoso .

Paulista de Orlândia, região de Ribeirão Preto, estudou Física na USP e participou da Juventude Universitária Católica e depois da Ação Popular. Já formada, foi incluída numa lista de procurados pela ditadura. Na clandestinidade, trabalhou em Santo André, região do ABC, e, em 1969, chegou a Porto Alegre, onde foi sequestrada em uma parada de ônibus em 1972. Por cinco meses e meio, foi brutalmente torturada primeiro no Dops em Porto Alegre, sob a chefia do delegado Pedro Seeling. O terror da tortura a fez ficar em como por oito dias no Hospital da Brigada Militar. De onde foi levada para São Paulo pela Operação Oban, quando foram sofisticadas as torturas psicológicas, sob o comando do coronel Ustra.

Ela foi anistiada política pelo governo brasileira em 2012: “Certificamos que Nilce Azevedo Cardoso é anistiada política do Brasil, nos termos da Lei 10.559, de 13 de novembro de 2002. O Estado brasileiro reconhece o seu direito de resistência contra um regime autoritário em prol da luta pelo restabelecimento das liberdades públicas e da democracia. Para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça.”

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